quinta-feira, 28 de abril de 2011

Genética

Herança Monogênica

Genótipo e Fenótipo
O genótipo de uma pessoa é a sua constituição genética. O fenótipo é a expressão observável de um genótipo como um caráter morfológico, bioquímico ou molecular. O fenótipo sofre influência do ambiente.

Locus gênicos
Os cromossomos existem aos pares nas células somáticas. Cada gene ocupa um lugar definido no cromossomo. Esse lugar definido é denominado locus gênico.

Genes alelos
Os genes que ocupam o mesmo locus em cromossomos homólogos são denominados genes alelos.

Homozigotos e Heterozigotos
Os genes alelos não são necessariamente idênticos. Quando nas células de um indivíduo os genes alelos para um determinado caráter não são idênticos, o indivíduo é denominado heterozigoto. Quando os genes alelos são idênticos, o indivíduo é denominado homozigoto para aquele caráter.

Fenocopia: é uma mudança ocorrida no fenótipo acidentalmente e o organismo age como se tivesse o gene.

Distúrbios monogênicos

Herança Autossômica Dominante
Na herança autossômica dominante, um fenótipo é expresso da mesma maneira em homozigotos e heterozigotos. Toda pessoa afetada possui um genitor afetado, que por sua vez possui um genitor afetado, e assim por diante.
Nos casamentos que produzem filhos com uma doença autossômica dominante, um genitor geralmente é heterozigótico para a mutação e o outro genitor é homozigótico para o alelo normal.

Critérios da Herança Autossômica Dominante

1. O fenótipo aparece em todas as gerações, e toda pessoa afetada tem um genitor afetado.
2. Qualquer filho de genitor afetado tem um risco de 50% de herdar o fenótipo.
3. Homens e Mulheres têm a mesma probabilidade de transmitir o fenótipo aos filhos de ambos os sexos.

Exemplos de Herança Autossômica Dominante

Doença de Huntington (DHq)
É uma doença neurodegenerativa fatal, caracterizada por movimentos involuntários e demência progressiva. O aparecimento da doença se dá entre os 30-50 anos de idade sendo 38 a idade média de aparecimento.

Neurofibromatose de Von Recklinghausen (NF1)
É um distúrbio comum do sistema nervoso caracterizado por manchas café-com-leite e tumores cutâneos fibromatosos.
O gene é clinicamente observado em praticamente todas as pessoas (penetrância completa). Cerca de metade dos casos de NF1 resulta de uma mutação nova.


Herança Autossômica Recessiva
Os distúrbios autossômicos recessivos expressam-se apenas em homozigotos, que, portanto, devem ter herdado um alelo mutante de cada genitor. Desse modo, o risco de seus filhos receberem o alelo recessivo de cada genitor, e serem afetados é de 1/4.
A maioria dos genes dos distúrbios autossômicos recessivos está presente em portadores dos genes (heterozigotos). Eles podem ser transmitidos nas famílias por numerosas gerações sem jamais aparecer na forma homozigótica. A chance de isto acontecer é aumentada se os pais forem aparentados. A consangüinidade dos genitores de um paciente com um distúrbio genético é uma forte evidência em favor da herança autossômica recessiva daquela afecção.

Critérios da Herança Autossômica Recessiva

1. O fenótipo salta gerações.
2. O risco de recorrência é de 1 em 4.
3. Os pais do indivíduo afetado em alguns casos são consangüíneos.
4. Ambos os sexos têm a mesma probabilidade de serem afetados.

Exemplos de Herança Autossômica Recessiva

 Fibrose Cística
Doença autossômica recessiva caracterizada por doença pulmonar crônica, insuficiência pancreática exócrina, aumento da concentração de cloreto no suor.
O defeito básico é uma mutação do gene que codifica a proteína reguladora da fibrose cística, provavelmente envolvida no transporte de ânions através da membrana celular.

Doença de TAY-SACHS
Distúrbio neurológico degenerativo, autossômico recessivo, que se desenvolve quando a criança tem 6 meses de idade. Há uma deterioração mental e física intensa desde a lactância, a morte ocorre entre 2 e 3 anos de idade. O defeito básico são mutações no lócus da subunidade a da hexosaminidase A. A deficiência ou ausência da subunidade a da hexosaminidase A leva ao acúmulo do gangliosídeo GM2, principalmente nos neurônios.

Mutações

Mutações gênicas e cromossômicas

Mutação é uma alteração no material genético. Há dois tipos de mutação, a gênica e a cromossômica.
A mutação gênica é uma alteração no gene devido a mudanças na frequência das bases nitrogenadas do DNA. A mutação cromossômica (aberração cromossômica) é uma mudança no número ou na estrutura dos cromossomos.

Mutações Gênicas

Em 1941, os pesquisadores Beadle e Tatum, fazendo experiências com um tipo de bolor de pão, a Neurospora sp, observaram que nem sempre a autoduplicação do DNA ocorria de modo perfeito. O bolor crescia num meio de cultura contendo açúcar e diversos sais inorgânicos. Seus esporos eram submetidos a raios X e alguns deles passavam depois a produzir bolores com novas características. Por exemplo, alguns perdiam a capacidade de fabricar lisina e só conseguiam sobreviver quando aquele aminoácido era acrescentado ao meio de cultura. Essa incapacidade foi relaciona com a falta de uma enzima necessária para a síntese de lisina. Concluíram, então, que os raios X teriam danificado a formação daquele tipo específico de enzima.
Como a produção de uma enzima depende de informação codificada no DNA, a conclusão daqueles pesquisadores ficou conhecida como a relação "um gene - uma enzima". Atualmente, fala-se, com maior precisão, na relação "um gene - uma cadeia polipeptídica".
A modificação genética induzida através dos raios X é conhecida como mutação. As mutações podem resultar de uma alteração na seqüência dos nucleotídeos, ou de quebras e mudanças de posição dos fragmentos da molécula de DNA. Portanto, são mutações as alterações numéricas e estruturais dos cromossomos, que persistem através das autoduplicações, transmitindo-se às células-filhas. Existem também erros que ocorrem no RNA, no momento das transcrições ou das traduções, e afetam somente a própria célula.

Agentes mutagênicos

As mutações são produzidas por agentes mutagênicos, que compreendem principalmente vários tipos de radiação, dentre os quais os raios ultravioleta, os raios X e substâncias que interferem na autoduplicação do DNA ou na transcrição do RNAm, determinando erros nas sequências dos nucleotídeos.
Os agentes mutagênicos são fatores que podem elevar a freqüência das mutações. Em 1920, Hermann J. Muller descobriu que submetendo drosófilas (moscas-da-fruta) ao raios-X, a frequência das mutações aumentava cerda de cem vezes em relação à população não exposta. O aumento na taxa de mutações pode ser obtido pelo emprego de numerosos agentes físicos e químicos.
A lista das substâncias mutagênicas tem aumentado muito nos últimos anos, sendo bastante conhecidos o gás mostarda, o ácido nitroso, a bromouracila, o formaldeído, a nicotina. Vários tipos de câncer podem ser produzidos por alterações ocorridas nos ácidos nucléicos; por isso os mesmos agentes mutagênicos podem ser também cancerígenos. Porém, a mais importante dentre eles são as radiações. Quando uma célula recebe radiação, as moléculas podem ser quebradas ou alteradas em suas estruturas. Quando as alterações são muito grandes, podem interferir com o metabolismo e divisão celular, e a célula morre.
 Quando ela sobrevive à radiação, as modificações são duplicadas e transmitidas para as células das gerações sucessivas.
Entre os agentes físicos, os mais conhecidos são as radiações, bem como o raio-X. O calor também aumente a incidência das mutações: na espécie humana, sua frequência em trabalhadores de altos-fornos de usinas siderúrgicas, os quais permanecem muito tempo em locais de temperatura elevada, é mais alta que na população geral.
Substancias químicas, como o "gás mostarda" e o ácido nitroso (HNO2), também podem aumentar a frequência de mutações. Aerossóis, corantes alimentares e alguns componentes da fumaça do cigarro são capazes de alterar o patrimônio genético de uma célula, podendo levar ao desenvolvimento de diversas formas de mutações e câncer.
Todos os seres vivos estão submetidos, diariamente, a vários desses agentes. Entretanto, as mutações permanecem como eventos não muito frequentes. A relativa estabilidade do material genético deve-se à existência de um grupo de enzimas de reparação, que "patrulham" permanentemente as moléculas de DNA à caça de alterações na sequência de seus nucleotídeos. Na maioria das vezes, essas alterações são detectadas e consertadas.


Mutações cromossômicas

Cada planta e animal se caracteriza por um conjunto de cromossomos, representado uma vez em células haplóides (por exemplo, gametas e esporos) e duas vezes em células diplóides.
Cada espécie tem um número específico de cromossomos. Mas, às vezes ocorrem irregularidades na divisão nuclear, ou podem acontecer "acidentes" (como os de radiação) durante a interfase de modo que se podem formar células ou organismos inteiros com genomas aberrantes. Tais aberrações cromossômicas podem incluir genomas inteiros, cromossomos isolados inteiros, ou só partes de cromossomos. As aberrações cromossômicas podem ser numéricas ou estruturais e envolver um ou mais autossomos, cromossomos sexuais ou ambos. As aberrações cromossômicas numéricas incluem os casos em que há aumento ou diminuição do número do cariótipo normal da espécie humana, enquanto as aberrações cromossômicas estruturais incluem os casos em que um ou mais cromossomos apresentam alterações de sua estrutura. Assim, os citologistas reconhecem:

(1) Alterações no Número de Cromossomos (Heteroploidia)
(2) Alterações na Estrutura dos Cromossomos.

A heteroploidia pode atingir conjuntos inteiros de cromossomos (euploidia) ou perda ou adição de cromossomos inteiros isolados (aneuploidia). Todas essas alterações têm um importante efeito sobre o desenvolvimento, pois ao alterar a estrutura nuclear normal podem produzir alterações fenotípicas.


Alterações no número de cromossomos

As variações numéricas são de dois tipos: as euploidias, que originam células com número de cromossomos múltiplo do número haplóide, e as aneuploidias, que originam células onde há falta ou excesso de algum(ns) cromossomo(s). Assim, euploidias são alterações de todo genoma; quanto a esse aspecto os indivíduos podem ser haplóides (n), diplóides (2n), triplóides (3n), tetraplóides (4n), enfim, poliplóides (quando há vários genomas em excesso). Euploidias são raras em animais, mas bastante comuns e importantes mecanismos evolutivos nas plantas. Na espécie humana, a ocorrência das euploidias é incompatível com o desenvolvimento do embrião, determinando a ocorrência do aborto. Células poliplóides cujo número de cromossomos alcança 16n são encontradas na medula óssea, no fígado e nos rins normais, além de ocorrerem em células de tumores sólidos e leucemia.


Origem das Aneuploidias

As aneuploidias podem se originar de anomalias ocorridas na meiose (isto é, serem pré-zigóticas) ou nas mitoses do zigoto (pós-zigóticas).
Quando a não-segregação é pré-zigótica, ela pode ter ocorrido na espermatogênese ou na ovogênese. Na origem de indivíduos com dois cromossomos X e um Y, a contribuição feminina é maior do que a masculina; por outro lado, 77% dos casos onde há apenas um X têm origem em erros ocorridos na espermatogênese. Nas aneuploidias autossômicas, a influência da idade materna leva a supor que a participação feminina é maior do que a masculina. As aneuploidias produzidas por erros na mitose do zigoto ou na segmentação dos blastômeros são menos frequentes.

As aneuploidias devem-se à não separação (ou não-segregação) de um (ou mais) cromossomo(s) para as células-filhas durante a meiose ou durante as mitoses do zigoto. A não-segregação na mitose decorre do não-rompimento do centrômero no início da anáfase ou da perda de algum cromossomo por não ter ele se ligado ao fuso.
A não-segregação na meiose é devida à falhas na separação dos cromossomos ou das cromátides, que se separam ao acaso para um pólo ou outro. Na meiose a não-segregação tanto pode ocorrer na primeira divisão como na segunda. No primeiro caso, o gameta com o cromossomo em excesso, em lugar de ter apenas um dos cromossomos de um dado par, ou seja, terá um cromossomo paterno e um materno. No segundo, o gameta com o cromossomo em excesso terá dois cromossomos paternos ou dois maternos, por exemplo.

Quando em consequência desses processos de não-segregação falta um cromossomo de um dado par, isto é, quando o número de cromossomos da célula é 2n - 1, diz-se, que a célula apresenta monossomia para este cromossomo. Se faltam os dois elementos do mesmo par 2n - 2, tem-se nulisomia. Se, pelo contrário, houver aumento do número de cromossomos de um determinado par, a célula será polissômica para o cromossomo em questão; ela será trissômica, tetrassômica, pentassômica etc., conforme tiver 1, 2 ou 3 cromossomos a mais, sendo, nesses casos, o seu número cromossômico designado por (2n + 1), (2n + 2), (2n + 3) etc.

 Aneuploidias dos cromossomos sexuais


Síndrome de Klinefelter

São indivíduos do sexo masculino que apresentam cromatina sexual e cariótipo geralmente 47 XXY. Eles constituem um dentre 700 a 800 recém-nascidos do sexo masculino, tratando-se, portanto; de uma das condições interssexuais mais comuns. Outros cariótipos menos comuns são 48 XXYY; 48 XXXY; 49 XXXYY e 49 XXXXY que, respectivamente, exibem 1, 2. e 3 corpúsculos de Barr.

Embora possam ter ereção e ejaculação. são estéreis, pois seus testículos são pequenos e não produzem espermatozóides devido à atrofia dos canais seminíferos. Outras características muitas vezes presentes são: estatura elevada corpo eunucóide, pênis pequeno, pouca pilosidade no púbis e ginecomastia (crescimento das mamas).
Além dessas alterações, os pacientes com Síndrome de Klinefelter apresentam uma evidente diminuição do nível Intelectual, sendo esta tanto mais profunda quanto maior for o grau da polissomia.
Ao contrario do que ocorre na Síndrome de Turner, os pacientes Klinefelter apresentam problemas no desenvolvimento da personalidade, que é imatura e dependente, provavelmente em decorrência de sua inteligência verbal diminuída.
Até 1960 a prova definitiva para o diagnóstico era fornecida pelo exame histológico dos testículos que, mesmo após a puberdade, revela ausência de células germinativas nos canais seminíferos; raros são os casos de Klinefelter férteis que, evidentemente, apresentam alguns espermatozóides normais. Atualmente a Identificação dos Klinefelter é assegurada pelo cariótipo e pela pesquisa da cromatina sexual.


Síndrome do triplo X ou Super fêmea

Mulheres com cariótipo 47 XXX ocorrem numa freqüência relativamente alta: 1 caso em 700 nascimentos aproximadamente. Elas apresentam fenótipo normal, são férteis, mas muitas possuem um leve retardamento mental. Apresentam corpúsculo de Barr. Os casos de mulheres 48 XXXX e 49 XXXXX são raros e se caracterizam por graus crescentes de retardamento mental.


Síndrome do duplo Y ou Super macho

Indivíduos com cariótipo 47,XYY ocorrem com a freqüência de 1 caso por 1.000 nascimentos masculinos. Embora sejam, na maioria, homens normais, os primeiros estudos sugeriam que entre eles ocorria uma freqüência extremamente alta de pacientes retardados mentalmente e com antecedentes criminais; tais estudos revelaram que cerca de 2% dos pacientes Internados em instituições penais e hospícios tinha este cariótipo, o que mostrava serem os indivíduos XYY internados 20 vezes mais numerosos (em lugar de 1 por mil, 2% corresponde a 20 por mil) do que na população livre.
No entanto, os mesmos dados revelaram que 96% dos indivíduos XYY são normais. Deste modo, tornam-se necessárias pesquisas mais amplas antes de se relacionar essa constituição cromossômica particular com determinados traços anormais de comportamento; é especialmente importante evitar uma interpretação Ingênua relacionada com um “cromossomo do crime”.
Uma característica física bem evidente dos XYY é a estatura elevada, pois eles geralmente têm mais de 180 cm, ou seja, são 15 cm mais altos do que a média dos indivíduos masculinos cromossomicamente normais.
Podemos sugerir que genes localizados no cromossomo Y elevam a estatura e predispõem seus portadores para comportamentos inesperados; de fato, o perfil psicológico do indivíduo XYY inclui imaturidade no desenvolvimento emocional e menor inteligência verbal, fatos que podem dificultar seu relacionamento interpessoal. Um fato digno de nota é que os pacientes institucionalizados, tanto XY como XYY, exibem uma taxa de testosterona aumentada, o que pode ser um fator contribuinte para a inclinação anti-social e aumento de agressividade.


Síndrome de Turner (XO)

É uma monossomia na qual os indivíduos afetados exibem sexo feminino, mas geralmente não possuem cromatina sexual. O exame de seu cariótipo revela comumente 45 cromossomos, sendo que do par dos cromossomos sexuais há apenas um X; dizemos que esses indivíduos são XO (xis-zero), sendo seu cariótipo representado por 45 X. Muitas dessas concepções terminam em aborto; é provável que 97% desses conceitos sejam eliminados chegando a termo apenas 3%, de modo que essa monossomia constitui uma das causas mais comuns de morte Intra-uterina. Por isso é uma anomalia cromossômica rara, atingindo apenas 1 entre 3000 mulheres normais.
Trata-se, fundamentalmente, de mulheres com disgenesia gonadal, isto é, cujos ovários são atrofiados e desprovidos de folículos; portanto, essas mulheres não procriam, exceto em poucos casos relatados de Turner férteis, em cujos ovários certamente há alguns folículos.
Devido à deficiência de estrógenos, elas não desenvolvem as características sexuais secundárias ao atingir a puberdade, sendo, portanto, identificadas facilmente pela falta desses caracteres; assim, por exemplo, elas não menstruam (isto é, têm amenorréia primária). Quando adultas apresentam geralmente baixa estatura, não mais que 150 cm; infantilismo genital – clitóris pequeno, grandes lábios despigmentados, escassez de pêlos pubianos; pelve andróide, isto é, masculinizada; pele frouxa devido à escassez de tecidos subcutâneos, o que lhe dá aparência senil; unhas estreitas; tórax largo e em forma de barril; alterações cardíacas e ósseas. No recém-nascido frequentemente há edemas nas mãos e nos pés, o que leva a suspeitar da anomalia.
As primeiras observações realizadas com indivíduos severamente afetados associavam a síndrome de Turner algum grau de deficiência mental. Posteriormente, ficou evidente que estas pacientes têm um desenvolvimento cognitivo alterado apenas qualitativamente, pois elas possuem uma inteligência verbal superior à das mulheres normais, compensando, assim, as suas deficiências quanto à percepção forma-espaço. Disto resulta que o nível intelectual global das Turner é igual ou, mesmo, levemente superior ao da população feminina normal. Por outro lado, não exibem desvios de personalidade, o que significa, inclusive, que sua identificação psicossexual não é afetada.
Em decorrência da disgenesia ovariana, a única fonte de estrógenos para essas pessoas são as supra-renais; como a taxa desses hormônios é baixa, as pacientes devem receber aplicações de estrógenos para estimular o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e o aparecimento da menstruação. Usualmente, esse tratamento tem início aos 16 anos para evitar que os estrógenos aplicados retardem ainda mais o crescimento.
Pode ser identificada desde o nascimento, por meio da manifestação das características fenotípicas, como também diagnosticada durante a adolescência (com puberdade), a partir de observações preliminares confluentes como: baixa estatura, pescoço muito curto e largo, esterilidade sem ciclo menstrual.
Mesmo vivendo normalmente, os indivíduos afetados desencadeiam alterações de caráter endócrino (hormonal), decorrente a deficiência do cromossomo X.
Entre as deficiências destacam-se:
- Doenças renais (disfunção, insuficiência e agravo crônico);
- Problemas de alimentação em virtude da conformação anormal do aparelho bucal (palato estreito e elevado, com maxila inferior menor), o que dificulta o princípio do mecanismo digestório, mastigação e deglutição, ocasionando refluxo;
- Problemas circulatórios: inchaço dos membros superiores e inferiores (mãos e pés).

Síndrome de Down

Em 1866, John Langdon Down notou que havia nítidas semelhanças fisionômicas entre certas crianças com atraso mental. Utilizou-se o termo “mongolismo” para descrever a sua aparência. Segundo o Dr. John, os mongois eram considerados seres inferiores.
O número de cromossomos presente nas células de uma pessoa é 46 (23 do pai e 23 da mãe), dispondo em pares, somando 23 pares. Em 1958, o geneticista Jérôme Lejeune verificou que no caso da Síndrome de Down há um erro na distribuição e, ao invés de 46, as células recebem 47 cromossomos e este cromossomo a mais se ligava ao par 21. Então surgiu o termo Trissomia do 21 que é o resultado da não disjunção primária, que pode ocorrer em ambas as divisões meióticas e em ambos os pais. O processo que ocorre na célula é identificado por um não pareamento dos cromossomos de forma apropriadas para os pólos na fase denominada anáfase, por isso um dos gametas receberá dois cromossomos 21 e o outro nenhum.
Como forma de homenagear o Dr. John, o Dr. Jérôme batizou a anomalia com o nome de Síndrome de Down.

Tipos de Trissomia do 21 ou Síndrome de Down

Há três tipos principais de anomalias cromossômicas ou variantes, na síndrome de Down.
• trissomia simples (padrão): a pessoa possui 47 cromossomos em todas as células (ocorre em cerca de 95% dos casos de Síndrome de Down). A causa da trissomia simples do cromossomo 21 é a não disjunção cromossômica.
• translocação: o cromossomo extra do par 21 fica "grudado" em outro cromossomo. Nesse caso, embora o indivíduo tenha 46 cromossomos, ele é portador da Síndrome de Down (cerca de 3% dos casos de Síndrome de Down).

• mosaico: a alteração genética compromete apenas parte das células, ou seja, algumas células têm 47 e outras 46 cromossomos (ocorre em cerca de 2% dos casos de Síndrome de Down). Os casos de mosaicismo podem originar-se da não disjunção mitótica nas primeiras divisões de um zigoto normal.

É importante saber, que no caso da Síndrome de Down por translocação, os pais devem submeter-se a um exame genético, pois eles podem ser portadores da translocação e têm grandes chances de ter outro filho com Síndrome de Down.

Características dos Portadores

O portador da Síndrome pode apresentar várias características:
• A cabeça é um pouco que o normal. A parte posterior da cabeça é levemente achatada (braquicefalia) na maioria das crianças, o que dá uma aparência arredondada à cabeça. As moleiras (fontanela) são, muitas vezes, maiores e demoram mais para se fechar. Na linha média onde os ossos do crânio se encontram (linha de sutura), há muitas vezes, uma moleira adicional (fontanela falsa). Cabelo liso e fino, em algumas crianças, pode haver áreas com falhas de cabelo (alopecia parcial), ou, em casos raros, todo o cabelo pode ter caído (alopecia total).
• Rosto tem um contorno achatado, devido, principalmente, aos ossos faciais pouco desenvolvidos e nariz pequeno. Osso nasal geralmente afundado. Em muitas crianças, passagens nasais estreitadas.
• Olhos têm uma inclinação lateral para cima e a prega epicântica (uma prega na qual a pálpebra superior é deslocada para o canto interno), semelhante aos orientais. Pálpebras estreitas e levemente oblíquas.
• Orelhas pequenas e de implantação baixa, a borda superior da orelha (hélix) é muitas vezes dobrada. A estrutura da orelha é ocasionalmente, alterada. Os canais do ouvido são estreitos.
• A boca é pequena. Algumas crianças mantêm a boca aberta e a língua pode projetar-se um pouco. À medida que a criança com síndrome de Down fica mais velha, a língua pode ficar com estrias. No inverno, os lábios tornam-se rachados. O céu da boca (palato) é mais estreito do que na criança "normal". A erupção dos dentes de leite é geralmente atrasada. Às vezes um ou mais dentes estão ausentes e alguns dentes podem ter um formato um pouco diferente. Mandíbulas pequenas, o que leva, muitas vezes, a sobreposição dos dentes. A cárie dentária é observada com menor comparada com crianças “normais”.
• Pescoço de aparência larga e grossa com pele redundante na nuca No bebê, dobras soltas de pele são observadas, muitas vezes, em ambos os lados da parte posterior do pescoço, os quais se tornam menos evidentes, podendo desaparecer, à medida que a criança cresce.
• O abdômen costuma ser saliente e o tecido adiposo é abundante. Tórax com formato estranho, sendo que a criança pode apresentar um osso peitoral afundado (tórax afunilado) ou o osso peitoral pode estar projetado (peito de pomba). Na criança cujo coração é aumentado devido à doença cardíaca congênita, o peito pode parecer mais globoso do lado do coração. Em conseqüência das anomalias cardíacas e de uma baixa resistência às infecções, a longevidade dos mongolóides costuma ser reduzida.
• As mãos e os pés tendem a ser pequenos e grossos, dedos dos pés geralmente curtos e o quinto dedo muitas vezes levemente curvado para dentro, falta de uma falange no dedo mínimo. Prega única nas palmas (prega simiesca). Na maioria das crianças, há um espaço grande entre o dedão e o segundo dedo, com uma dobra entre eles na sola do pé, enfraquecimento geral dos ligamentos articulares.

Robertsoniana

Este tipo de translocação ocorre entre dois cromossomas acrocêntricos que se fundem perto ou mesmo no centrômero, originando perda dos braços curtos dos cromossomas.
De todos os doentes com síndrome de Down, só 4 % têm 46 cromossomas, sendo um deles uma translocação Robertsoniana entre o cromossoma 21q e o braço longo de um dos cromossomas acrocêntricos, geralmente os cromossomas 14 e 22.
Esta translocação é responsável pela substituição de um dos cromossomas normais acrocêntricos por um cromossomas translocado (híbrido).
O cariótipo destes doentes será do tipo 46, XX ou XY, -14, +t(14q21q).
De fato, trata-se de uma trissomia para o 21q!
A translocação Robertsoniana revela, ainda, a não correlação entre a idade da mãe e o elevado risco de recorrência, nas famílias onde especialmente a mãe é portadora desta translocação. Por esta razão, é necessária a realização de uma cariotipagem, para os pais e outros familiares, antes do aconselhamento genético.
Um transportador de uma translocação Robertsoniana envolvendo os cromossomas 14 e 21 só tem 45 cromossomas; um cromossoma 14 e um cromossoma 21 estão ausentes e substituídos pela translocação t(14q21q).
Outro aspecto a considerar, relativamente aos portadores de uma translocação Robertsoniana, reside na possibilidade teórica de produzirem seis tipos de gametas, apesar de três deles serem inviáveis.
Dos restantes três gametas viáveis, um é normal, outro é equilibrado e o último é desequilibrado, apresentando ambos o cromossoma translocado e o cromossoma normal 21. Quando combinado com um gameta normal, origina-se um indivíduo com esta trissomia translocada.
Teoricamente, como a probabilidade de produzir um certo tipo de gameta é igual para os restantes tipos, o risco teórico de nascer uma criança com o síndrome de Down é de 1/3.
No entanto, vários estudos populacionais revelam que as porções desequilibradas do cromossoma só aparecem em 15 % dos descendentes da mãe transportadora e em poucos descendentes do pai transportador da translocação do cromossoma 21.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Código genético

Definição de código genético

O DNA é o material genético, isto é, a molécula onde estão codificadas as informações genéticas, que são transmitidas de uma geração para outra e que possibilitam aos seres vivos assemelharem-se entre si em termos de espécie e diferenciarem-se entre si em termos individuais.
Trata-se de uma seqüência de nucleotídeos, de apenas quatro tipos diferentes: os nucleotídeos de adenina, guanina, timina e citosina.
O DNA se encontra no núcleo da célula e possui a informação genética para a produção de proteínas, no citoplasma. As proteínas são polímero de subunidades (monômeros) denominadas de aminoácidos. Cada aminoácido engloba um grupo amino (NH2) numa extremidade e um grupo carboxila (COOH) na outra. Vinte tipos diferentes de aminoácidos ocorrem nas proteínas.
Para que ocorra a produção de uma proteína, a codificação do DNA é transmitida ao mRNA (RNA mensageiro) e vai ser traduzida em polipeptídio, durante a síntese protéica, com o auxílio essencial dos tRNAs (RNAs de transferência) e dos ribossomos, que contém os rRNAs (RNAs ribossômicos).
Diante do exposto surge a seguinte pergunta: quantos nucleotídeos seriam necessários para codificar um aminoácido?
Para responder a esta perguntas é necessário o seguinte raciocínio matemático:

- Se 1 nucleotídeo codificasse um aminoácido só poderia existir 4 diferentes tipos de aminoácidos na cadeia protéica.

- Se 2 nucleotídeos codificassem um aminoácido só poderia existir 16 tipos de aminoácidos diferentes na cadeia protéica.

- Se 3 aminoácidos codificassem um aminoácido seria possível existir 64 tipos diferentes de aminoácidos na cadeia protéica logo, por matemática, um código tríplice é a menor unidade de codificação capaz de acomodar os 20 diferentes tipos de aminoácidos que comumente ocorrem nas proteínas.

Atualmente definimos o códon como sendo uma seqüência de três nucleotídeos adjacentes no mRNA capaz de codificar um aminoácido. Isto é, a codificação genética é tríplice: cada combinação de 3 nucleotídeos (=3 bases) codifica 1 aminoácido. Estes conjuntos de três nucleotídeos são denominados de trincas, códons ou triplets.



Decifração do código genético

Estudos foram realizados permitindo constatar que o código genético representado por sessenta e quatro códons mRNA, sessenta e um dos quais codificam para aminoácidos e três para terminação em cadeia. Três dos que codificam aminoácidos são identificados também como iniciadores.


São evidenciadas as seguintes características do código genético:

Código genético redundante ou degenerado

O código genético é dito degenerado pelo fato de existir, para um determinado aminoácido, mais de uma trinca para codificá-lo. Apenas a metionina (Met) e o triptofano (Trp) são codificados por um único códon, representados por AUG e UGG, respectivamente. A glicina (GLY), por exemplo, é codificada por GGG, GGC, GGA e GGU.

Trincas sem sentido ou terminalizadoras

São aquelas trincas que não codificam aminoácidos e que tem por função indicar o término da síntese protéica. São também denominados trincas terminalizadoras. Ex.: UAG, UAA, UGA.

Código genético universal

O código genético é dito universal devido ao fato da mesma trinca codificar o mesmo aminoácido em qualquer organismo. Em alguns casos certas trincas são mais eficientemente utilizadas.

 

sábado, 16 de abril de 2011

Gabarito da prova do 2° Ano

  1. Complete os espaços com as palavras adequadas:

Seres dotados de uma estrutura relativamente simples, as bactérias e cianobactérias são representantes do Reino Monera. Elas não apresentam núcleo individualizado, ou seja, delimitado por membrana (carioteca). Quanto à alimentação, são heterótrofas e autótrofas. As primeiras decompõem a matéria orgânica morta em inorgânica. As outras conseguem se desenvolver em meios onde outros não conseguem, pois realizam fotossíntese e fixam nitrogênio atmosférico.

  1. Bactérias são organismos microscópicos, unicelulares, procariotos, encontrados praticamente em todos os ambientes.
            Afirma-se:
I.          Bactérias são importantes organismos decompositores de matéria orgânica morta.
II.         São doenças bacterianas: cólera, difteria, pneumonia, lepra, tuberculose, tétano e disenteria bacilar.
III.        Esporos são células resistentes formadas quando as condições de alimento para as bactérias são favoráveis.
            Está correto o que se afirmou em
a)    I, apenas
b)    II e III, apenas
c)    I e III, apenas
d)    I e II, apenas
e)    I, II e III.               

3.    Ao montar a tabela abaixo, para ser impressa em um folheto explicativo sobre doenças, formas de transmissão e profilaxia, o digitador dos dados acabou suprimindo a primeira coluna.

Agente
Causador
Doença
Transmissão
Profilaxia

Malária
Picada do mosquito-prego (fêmea do Anopheles)
Controle da proliferação do mosquito

Doença de Chagas
Fezes infestantes de barbeiro
Combate ao vetor substituição de moradias de barro por de alvenaria

Sífilis
Por meio do ato sexual
Educação sexual e sanitária e exames pré-nupciais e pré-natais.

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
Através de sangue contaminado e pelo ato sexual com pessoas infectadas
Fiscalização em bancos de sangue, esterilização de instrumentos cirúrgicos; uso de preservativos no ato sexual

Tétano
Contaminação acidental de ferimentos profundos
Vacinação e limpeza de ferimentos


      Para que a tabela fique correta, a primeira coluna deverá ser completada na seguinte ordem:
a)   Protozoário; protozoário; bactéria; vírus; bactéria.
b)   Protozoário: bactéria; bactéria; vírus; vírus.
c)   Vírus; bactéria; vírus; bactéria; protozoário.
d)   Vírus; protozoário; bactéria; vírus; bactéria.
e)   Protozoário; protozoário; bactéria; vírus; vírus.

  1. Associe a coluna da direita com a da esquerda:
a)    Rizópodes ou Sarcodíneos
b)    Flagelados ou Mastigóforos
c)    Ciliados
d)    Esporozoários
e)    Esporulação

( c  ) Portadores de cílios, que se prestam à locomoção e captura de alimentos
( d  ) Parasitas cujas organelas locomotoras são desconhecidas. Sem vacúolos pulsáteis
(  e ) Sucessivas divisões nucleares
( a  ) Emitem pseudópodos para se movimentar
(  b ) Portadores de flagelos, que se prestam à locomoção e captura de alimentos




  1. Descreva o ciclo de vida do Plasmódio, causador da malária (fase assexuada, no ser humano, e sexuada, no mosquito).

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  1. Marque V para as verdadeiras e F para as falsas. Justifique as falsas.

( V  ) As algas, principalmente as unicelulares, são muito importantes para a manutenção das cadeias alimentares aquáticas e para a produção de oxigênio para elas e aos demais seres aeróbios.
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( F )  A proliferação excessiva de diatomáceas provoca o fenômeno denominado de maré vermelha, que consiste na liberação de toxinas que prejudica o desenvolvimento da flora vizinha.
Dinoflagelados, não diatomáceas.

( F ) Algas vermelhas possuem fitocromo, pigmento ficoeritrina e armazenam laminarina, Se reproduzem por alternância de geração (metagênese), com produção de esporos e gametas ciliados. São as feófitas.
Algas verdes possuem fitocromo, não vermelhas. Feófitas possuem laminarina. Formam esporos imóveis e gametas masculinos pequenos e móveis e femininos grandes e imóveis (oogamia). São as rodófitas.

( F ) As algas pardas têm como pigmento predominante a fucoxantina, de coloração marrom. Na metagênese, a fase assexuada compreende a formação de esporos imóveis e a assexuada ocorre por oogamia (gametas totalmente iguais).
Fase assexuada compreende a formação de esporos flagelados e a sexuada de gametas flagelados.

( V ) As algas verdes apresentam produtos de reserva dentro de plasmídios e suas paredes celulares contêm celulose e hemicelulose. Trata-se de características que levam cientistas a crer que as clorófitas são ancestrais das plantas terrestres.
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BOA PROVA!

Gabarito da prova do 3° Ano

1.    Associe a coluna da direita com a da esquerda:
a)    Túbulo seminífero 
b)    Espermiogênese
c)    Células de Leydig
d)    Fecundação
e)    Progesterona

( d  ) Fusão de gametas haplóides formam embrião diplóide
( a ) Local de ocorrência da espermatogênese em mamífero
( b ) Transformação das espermátides em espermatozóides
( e  ) Prepara o útero para a nidação
( c ) Local de produção do hormônio testosterona


2.    Na mulher, o ciclo menstrual compreende um período de 28 a 30 dias, como ilustrado abaixo, e a ovulação ocorre em torno dos quatorze dias, momento em que as taxas dos hormônios 1, 2 e 3 estão mais elevadas.

                  
I - A alternativa que indica 1, 2 e 3, nessa ordem, é:
a) 1. Folículo estimulante, 2. luteinizante e 3. estrógeno.
b) 1. luteinizante, 2. folículo estimulante e 3. progesterona.
c) 1. folículo estimulante, 2. estrógeno e 3. progesterona.
d) 1. estrógeno, 2. progesterona e 3. luteinizante.
e) 1. progesterona, 2. estrógeno e 3. folículo estimulante.


3.    Com base em seus conhecimentos sobre embriologia dos cordados e nos aspectos da embriologia dos animais representados na figura abaixo, considere as afirmativas a seguir, identificando com V as verdadeiras e com F, as falsas. Justifique as falsas.

a.    ( F ) O filhote de ave originou-se a partir de um ovo heterolécito, assim denominado por causa da pouca quantidade de vitelo que apresenta.
Telolécito.

b.    ( V ) O embrião que originou o filhote de ave sofreu clivagem do tipo meroblástica discoidal e o embrião do anfioxo, clivagem do tipo holoblástica desigual.
c.     ( V ) O filhote de ave, durante o desenvolvimento embrionário, dispunha de uma bolsa denominada âmnio, que contém o líquido amniótico que evita o ressecamento do embrião.
d.    ( F ) A mesoderme, durante o desenvolvimento embrionário do anfioxo, sofreu delaminação, formando a placa neural que, por sua vez, formou o tubo nervoso do embrião.
A placa neural é formada pela ectoderme.

e.    ( V ) A endoderme do embrião do anfioxo delimita o arquêntero (intestino primitivo que contém uma abertura, chamada de blastóporo).

4.    Por que a gastrulação, depois da primeira segmentação ou primeira clivagem, é a segunda fase mais importante do desenvolvimento embrionário?
Porque forma os três folhetos embrionários: ecto, meso e endoderme. E porque o blastóporo do arquêntero possibilita a classificação dos animais em protostômios (primeira abertura a boca) e deuterostômios (segunda abertura a boca, ou seja, a primeira o ânus).

5.    Assinale a alternativa correta:
a) Os óvulos dos anfíbios são do tipo mediolécito ou heterolécito;
b) Nos óvulos que possuem muito vitelo a segmentação é igual;
c) Os óvulos dos anfíbios são do tipo oligolécito;
d) As aves possuem óvulos com muito vitelo e a segmentação é igual;
e) Nenhuma das alternativas.

6.    Assinale a alternativa correta:
a) O tubo neural se forma na fase de nêurula;
b) A notocorda se forma da ectoderme;
c) A notocorda se transforma em tubo neural;
d) O tubo neural se forma na fase de blástula;
e) Nenhuma das alternativas.

7.    Na figura ilustra-se, esquematicamente, um embrião humano, onde estão indicadas quatro estruturas numeradas de 1 a 4. Analise-as e assinale, abaixo, a alternativa que enumera, corretamente, o córion, o âmnio, o saco vitelínico e o alantóide, nessa ordem.
                                       
A seqüência correta é:
a) 1, 2, 3 e 4
b) 4, 3, 2 e 1
c) 3, 4, 1 e 2
d) 2, 1, 3 e 4
e) 3, 1, 4 e 2

8.    Qual é a função do vitelo?
Nutrir o embrião.

9.    Em condições normais, que funções são exercidas pela placenta humana?
Nutrição, trocas gasosas e eliminação de excretas do embrião.

10.  No zigoto de um anfioxo, após a primeira divisão mitótica, tem início o desenvolvimento embrionário, que pode ser dividido em três etapas principais: segmentação, gastrulação e organogênese.

Acerca dessas etapas do desenvolvimento, identifique as afirmativas corretas:
I.              A segmentação é o estádio de desenvolvimento no qual ocorre a diferenciação dos tecidos e dos órgãos a partir dos três folhetos germinativos.
II.            A gastrulação é o estádio de desenvolvimento no qual ocorre o surgimento dos três folhetos germinativos.
III.           A segmentação é o estádio de desenvolvimento no qual ocorre o surgimento da blástula.
IV.          A organogênese é o estádio de desenvolvimento no qual ocorre a formação dos tecidos e órgãos.
V.            A organogênese é o estádio de desenvolvimento no qual ocorre a formação do ectoderma, do mesoderma e do endoderma.

BOA PROVA!