domingo, 31 de julho de 2011

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ANTI-HISTAMÍNICO COMBATE DISFUNÇÃO HEPÁTICA E
NORMALIZA SÍNTESE DE IGF-1: UM ESTUDO DE CASO

Renato Fernando Menegazzo¹
Fábio José Bianchi²

¹Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas
²Orientador

Universidade Paranaense (Unipar), campus de Cascavel-PR
Área do conhecimento: Ciências Biológicas   Sub-área: Imunologia

Introdução: Alergia é uma resposta do sistema imunológico excessiva e inapropriada de pessoas sensíveis a alérgenos. Na fisiologia de doenças alérgicas, vários mediadores estão envolvidos, mas a histamina continua sendo o principal (CAMELO-NUNES, 2006). Sua ação, no entanto, é bloqueada por anti-histamínicos, seus antagonistas competitivos (TONIETTO, 2000).

Objetivos: Relacionar a normalização da síntese de IGF-1 ao combate a reações de hipersensibilidade no fígado.

Metodologia: Nascido em 1999, PWM passou a ter o crescimento monitorado após um aumento de apenas 13 cm entre 2004 e 2007. Exames foram feitos para verificação de quantidades de HGH e IGF-1 e tratamento a base de cloridrato de hidroxizina foi realizado por 11 meses a partir de fevereiro de 2007.

Resultados: PWM, que media 1,05 m em 2004 e em 2007 atingiu 1,18 m de altura, apresentou em teste 0,47 ng/ML de HGH basal e 82,7 ng/mL de IGF-1. Após seis meses de tratamento, novo teste revelou que o nível de HGH basal caiu a 0,07 ng/mL, valor normal para uma síntese de 89,5 ng/mL de IGF-1. Nesse período, PWM passou de 1,18 m a 1,21 m de altura. Em janeiro de 2008, atingiu 1,24 m, retomando os padrões normais de crescimento.

Discussão: O caso de PWM mostrou que o baixo crescimento deveu-se a uma disfunção/alergia no fígado que dificultava a produção de IGF-1. Isso porque as reações alérgicas podem ser desenvolvidas por meio de resposta humoral ou celular, de forma sistêmica ou local, podendo causar lesão tecidual ou disfunção de um órgão (MACHADO et al, 2004). O emprego de anti-histamínico atingiu o resultado. Era o esperado, pois a base científica de sua utilização com máxima eficácia em pacientes jovens, idosos, com disfunção hepática, renal ou em uso de outras medicações, é documentada em estudos de farmacocinética e farmacodinâmica (CAMELO-NUNES, 2006).

Conclusão: Deve-se testar a hipótese de que em casos como o de PWM, anti-histamínicos podem corrigir déficits no crescimento e dispensar reposição hormonal.

Referências
MACHADO, P. R. L.; ARAÚJO, M. I.; CARVALHO, L.; CARVALHO, E. M. Mecanismos de resposta imune às infecções. An bras Dermatol, v. 79, n. 6, p. 647-664, 2004.
CAMELO-NUNES, I. C. New antihistamines: a critical view. J Pediatr, v. 82, n.5 (Suppl), p. 173-180, 2006.
TONIETTO, V. Rinites: Tratamento na visão do pneumologista. Rev AMRIGS, v. 44, n. 3,4, p.105-107, 2000.